ADEUS, ADEUS, ATÉ QUALQUER DIA!
Espreitei para a salinha,
Vi minha mãe e meu pai
Sentados à conversa, diziam:
"Falai, falai!"
Quis ouvir a conversa:
"Maria, sem trabalho,
Como vamos viver
E sustentar o pirralho!?"
"Ai meu querido marido,
Não sei, não sei não!
Ainda vamos acabar
A pedir esmola no chão!"
"Não estamos muito longe disso!
A viver nestes pátios,
Nesta miséria?
Estamos condenados!"
"Ai, Deus nos ajude!
A encontrar uma solução
Para a nossa vida melhorar
Melhorar até mais não!"
"Maria, minha amada...
Eu vou ter de partir...
Na África, Índia ou América
Um trabalho vou descobrir!"
No dia seguinte,
Eu e minha mãe
Víamos meu pai
Ir por terras além...
Minha mãe chorava, meu pai desesperava
E eu, simplesmente dizia:
"Adeus, adeus
Até qualquer dia!"
30 anos que sofri,
30 anos que chorei
Com a ausência do meu pai
Tão triste que fiquei!
Até que numa tarde
Soou a campainha
Era meu pai
Com milhões de euros vinha!
Desde aí, então
Não tivemos de nos preocupar
Temos excelentes condições
E amor até não faltar!
Joana Cunha, 6ºano
Sem comentários:
Enviar um comentário